Se amar: às vezes é bem mais difícil do que parece
Querida leitora,
Ontem assisti à um filme chamado "The Edge of Seventeen", estrelado pela talentosíssima atriz e cantora Hailee Steinfeld. É uma típica obra cinematográfica adolescente que revela a vida de uma garota comum com alguns problemas sociais e familiares. É bem bacana, recomendo. Porém, fui assistindo sem criar nenhuma expectativa. Durante o decorrer da história, comecei a perceber que Nadine (é a personagem da Hailee) não gosta de si mesmo. Na verdade, ela se odeia. Com isso, retomaremos ao que eu disse acima: típica obra cinematográfica adolescente. Típica. Consegue sentir a realidade ali? Me sinto extremamente aflita. É algo normal os adolescentes hoje em dia se sentirem tão para baixo assim? Infelizmente, sim. Você sabe disso, amiga(o). Eu também sei. Não existe uma pessoa se quer no mundo que é feliz consigo mesmo. Bom, se existe, maravilha.
É assustadoramente comum vermos adolescentes, de qualquer gênero, odiar a si mesmo. Odiar. Uma palavra tão forte, não acha? Eu não vou bancar a menina absurdamente confiante e te dizer palavras bonitas para que bloqueie esse tipo de pensamento da sua mente. Não, não. Algum dia posso ser essa menina, mas hoje não. Só não quero que você se sinta assim, pois sei como é horrível.
No filme, tem uma cena que me emocionou demais. Chorei horrores. Nadine havia tretado com o irmão, e quando foi se desculpar, acabou desabafando. Juro pra você que nunca me identifiquei tanto com algo quanto aquelas falas. A garota basicamente disse que desde pequena, imagina se vendo como um telespectador que assiste a si mesmo e que odeia o que vê. Nessa parte meus olhos já estavam carregados de lágrimas. Ela continuou dizendo que não sabe como mudar isso e que tem medo de que esse sentimento dure para sempre.
Pô amiga(o), pra que ela foi falar isso? Não me segurei e chorei muito. Sinceramente, eu me vi ali. Ei, não se preocupe. Não chego a me odiar, mas definitivamente, não gosto do que eu sou e não quero ser assim para sempre. Eu sou o que você lê aqui no blog. A EU verdadeira. Mas, na vida real, não consigo por em prática. Qual é o meu problema? O pior de tudo é saber que há outras pessoas que se sentem assim e não saber o que fazer para poder ajudá-las. Me sinto tão impotente. O que devo fazer?
Até nossa próxima conversa, fique bem.
0 comentários